sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

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há um grito preso que chama por você. censuro-o ou permito que beije levemente tua orelha fazendo-a recordar-se de mim? 

L.

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sono, essa deplorável redução do prazer da vida.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

dicotomia: meio quero existir, meio quero me fundir à transparência. vivo querendo ser ouvida, mas evitando ser vista. ah, conforto da subconsciência!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

Não é o que você quer, mas às vezes, na hora de se adaptar ao mundo, você crava um punhal na minha pele. Em silêncio, com o sangue escorrendo  e a dor, me sento no canto do quarto e espero o inferno passar. Você não sabe, mas cada segundo que demora pra voltar, limpar o ferimento, curar minha ferida; vou morrendo pouco a pouco. Vivo um luto desesperado e o medo de você se peder no caminho e nunca mais voltar. Vodka pra aliviar a dor, bêbada, quero dormir no chão gelado e sonhar que você me encontra ali, me leva pra cama quente, me cobre, beija minha testa, me abraça, sussurre no meu ouvido que me ama e adormeça comigo no infinito. Por favor, sem mais punhais. Quero arrancar os espinhos venenosos agora que encontrei o antídoto. Depois andar do seu lado e ajudá-lo a construir o que somos. Se novos punhais aparecerem, vou lutar contra eles, mas tenho medo de não ser forte o bastante pra te alcançar. Me deixe ir contigo.
é o que às vezes eu queria.
e de tão sincero o querer, às vezes quero o que ele é.
mas e aí? acredito quando você me diz que odeia as minhas coisas e finjo não ver que você mergulha nelas quando viro as costas?
morrendo de sono, mas nem um pouco a fim de deixar a minha madrugada sozinha.
o discurso está lá, intacto. são minhas percepções que mudam diante do discurso e só conseguem repetir ininterruptamente: palavras vazias!
sonho com um lugar de escolhas melhores.
uma simples parede branca pode revelar o que por acaso escondeu.
a vida é muito curta pra você tentar agradar um imbecil que acha que sabe o que é melhor pra você.
o problema em defender o clichê "fale o que pensa!" é que a maioria fala sem pensar com o aval de uma suposta liberdade de pensamento.
o amor é uma luz... que apaga.
concordo em bissexualidade, plural e aumentativo.
tudo é uma questão de ego. a intensidade que é variável.
ela fala na terceira pessoa. assim ela pode esquecer que ela sou eu.
tão intensa, que é capaz de projetar sua própria intensidade em alguém, como um reflexo de si mesma.
o que não choro com a vida, choro com a arte.
só tenho paz depois de muito desespero.
não quero ficar presa nesta frase.
supero, mas não esqueço.
o maior castigo que você pode dar a alguém arrependido, é ter a chance de se vingar , olhar profundamente nos olhos e escolher não fazer. e deixá-lo conviver com a dor de ter sido "perdoado" pela sua indiferença. e então você entende: superado.
palavras não têm dono. são suas apenas se permanecerem silenciosas em seus pensamentos.
e uma hora você entende que a vida é uma infinidade de frases conclusivas a respeito dela mesma. não dá tempo de aplicar o que aprendeu.
equilíbrio é o peso mais difícil de acertar.
a quem passa a vida deixando vazios em outras pessoas, mas sempre volta: adote um livro pra quando voltar e não encontrar mais nada.
método pra não se apegar? considere menos as palavras e queira cada vez mais enxergar o que te dizem.
eu fico muito mais palhaça tentando ser séria do que sendo palhaça seriamente.
- você me amará independente do que houver?

- há, independente do meu amor?
a dor é unânime. irônico que sejam as palavras - e não os números - a calcular com mais intensa precisão a significância dos sentimentos. eis que o tamanho da dor que sentimos é o que nos diferencia. e só.

sábado, 6 de novembro de 2010

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enquanto eles cantam e gargalham em festa, só consigo dedicar-lhes minha tristeza em forma de lágrima na face e sangue no coração.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

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todo processo de mudança sofre bullying.

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há de existir um jeito de matar a fome insaciável desta alma que tem tanta boca pra comer a vida.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

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mantemos o conforto como se algumas entidades fossem donas da verdade absoluta e as seguimos. muitos morrem sem ao menos pensar sobre isso. não adianta fingir que é alheio a tudo, superior ou que não se envolve. todos somos parte do problema (ou solução).

domingo, 17 de outubro de 2010

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temo o dia em que tiver opinião sobre tudo, sobre nada ou não mudar mais de opinião.

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gritos violentos agredindo meu silêncio não vão calar minha voz rouca e trêmula, ainda que possuída pelo medo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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muito do que sou agora fui antes de ontem.
deixei de ser,
e ontem passei a odiar o que era.
pra sê-lo hoje novamente e pelos motivos certos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

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Sinto-me perdida em mim mesma - meus demônios.

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temo passar a vida adicionando na estrada dos outros pitadas de sal do vazio que eu enxergar neles, quando estes buracos estão verdadeiramente em mim, e não de fora.

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por que só o amor não basta?

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o que me incomoda no amor é a falta dele quando se declara.

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a gente não gosta de gostar da gente.

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a simplicidade é o resultado final de toda ostentação fracassada.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

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não, eu não sou popular. tudo bem, gosto de números. números impares, números esteticamente bonitos, números que somam, números que se completam. mas estou sempre tentando diminui-los. números demais me sufocam. sempre os mesmos números também me sufocam. pessoas demais também me sufocam. mas isso não seria também um número? de qualquer forma, não importa. vivo uma individualidade quase mortal cuidando sempre de um espaço fixo necessário para que eu respire. não me candidato a nada nem tento vender este espaço. ao contrário de todo o resto, não faço a mínima questão de ser mais uma na vida de ninguém.

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nunca aceitei o mundo tal qual ele é. sempre questionei. nunca entendi. vesti uma máscara do oposto ao meu universo a vida inteira.

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a sagacidade da boca descobrindo línguas, o sabor da saliva libertando as emoções do corpo. sensações.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

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você só se revolta enquanto se surpreende. quando a surpresa se torna corriqueira, você se conforma e nem percebe. logo, tudo aquilo que se tornou corriqueiro antes de você é o que se entende por "natural" ou "normal". você questiona?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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eu quero o que quero. nem que eu tenha que morrer desejando, não desisto de querer. porque querer é o maior tesão do mundo!

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sabe aquele estado que sucede a sanidade e antecede a bebedeira? eu deveria vivê-lo pra sempre!

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Talvez eu tenha medo demais, e isso chama-se covardia.
(caio fernando de abreu)

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quando me lembro de existir estou cansada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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- Eu não entendi o que você quis dizer...
- Eu não esperava que você entendesse!
(desconhecido)

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O que em mim sente está pensando...
(pessoa)

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Tudo o que amei nunca terá retribuição - e é justamente o que me torna livre.
(carpinejar)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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São livros (mas podem ser canções, filmes, quadros, peças e antigamente até pessoas) que você ama tanto que quer ficar morando dentro deles.
(caio fernando de abreu)